sábado, 25 de junho de 2011

Maconha = Libertinagem

Estava aqui me perguntando porque sou contra a maconha. Tão comum em pessoas da minha idade, tão “aceita” pela sociedade mais “moderna”. É incrível como quem é a favor da legalização, regulamentação e afins usa como argumento para tal feito, mesmo que esses argumentos sejam todos quebrados pela maior parte dos estudos. Todo mundo sabe que uma erva natural pode sim te prejudicar, mas esqueceram de falar para os maconheiros.
Com tantas drogas lícitas já nos fazendo tanto mal, a exemplo do álcool causando acidentes de trânsito, destruindo vidas, gerando violência familiar e não familiar. Pessoas se prejudicam, meio ambiente é prejudicado, quem nunca viu uma garrafa de cerveja em algum lago, no meio do mato etc? Pois eu já vi, e muito, e olha que garrafas podem ser recicladas. E o cigarro? Já pararam pra contar quantas bitucas de cigarro conseguem contar da sua casa até a esquina mais próxima? Andando na rua hoje eu notei e foram muitas (e vocês não têm noção do dano que elas causam ao meio ambiente). Pessoas fedem por causa do cigarro, pessoas alérgicas sofrem com ele, já não basta a poluição ambiental que estamos sujeitos, precisamos agüentar mais essa poluição na nossa cara, em nossos pulmões. Desagradável, é a palavra mais indicada para as pessoas que estão andando em nossa frente fumando, enquanto a fumaça vai toda na nossa cara.
Pois é, minha gente, e com a maconha, como será? Talvez não joguem bitucas de maconha na rua, já que a concentração de THC nela é maior, *palavras de um conhecido maconheiro*, mas vai saber, né? Pra que se guardaria as pontas se será tão fácil encontrar e comprar. Seria ótimo também estar atrás de uma pessoa andando na rua e jogando a fumaça de maconha em sua cara (sim, estou sendo irônico).
Maconha causa tantos males e porque será que nunca foi registrada nenhuma morte por causa dela? Vejamos...
Eu, como pai, teria vergonha de falar que meu filho morreu fumando maconha, eu preferiria dizer que morreu de enfisema pulmonar, ou algum tipo de câncer, creio que a maioria dos pais são “conservadores” e esconderiam que o filho é maconheiro. Bom, esse foi um dos motivos. O outro seria porque quem fuma maconha, geralmente fuma cigarro e/ou bebe. É muito mais fácil morrer alcoolizado do que “maconhado”, confesso. Maconha a pessoa fuma em casa porque é proibida, o que pode acontecer é de você ter uma alucinação e pular a janela do seu quarto, se você morar em uma casa você bate a cara no chão, se morar num apartamento...Causa da morte? Caiu do 3º andar. As doenças causadas pela maconha são muito parecidas com as causadas pelo cigarro comum. Outro motivo é que a maconha por ser a porta de entrada pra outras drogas ilícitas (sim, é verdade, dúvidas leia o post falando sobre isso) ela é consumida por um período de tempo um pouco 'menor' (não que as pessoas fumem durante pouco tempo), nesse caso e as pessoas acabam morrendo por causa de outras drogas, porém, mesmo a maconha não sendo o motivo direto, é o indireto. Alguns pais por não saberem que o filho fuma maconha ou por não saberem o que ela pode causar, quando o filho morre por algum surto esquizofrênico não liga esse efeito a causa, a maconha. Sim, eu sei que é uma predisposição genética e bla bla bla, mas a maconha está intimamente ligada a esquizofrenia porque ela pode, segundo vários estudos triplicar a predisposição a ela. Hum... Vejamos mais algumas possíveis causas, ataque cardíaco, câncer de testículo, depressão. Um estudo feito pela OBID, relata que o álcool e a maconha estão presentes entre as vítimas de traumas em pronto-socorros, os resultados apontaram que o uso de substâncias psicoativas nos indivíduos que sofreram trauma é altamente prevalente, sobretudo para o álcool, detectado pelo bafômetro em 11% dos casos; e para a maconha, com 13,6% de positividade no teste de urina.
Bom, acho que uma pessoa com o mínimo de conhecimento pode tirar várias conclusões por esse estudo, tirando os maconheiros, já que eles por fumarem danificam e encolhe áreas do cérebro.
Aí você me diz, mas legalizar vai acabar com o tráfico. Então eu te digo, acabar com o tráfico de cu é rola. Bandido que é bandido se vira. Exemplo disso vocês podem achar neste blog, e em qualquer site de busca sobre tráfico de tabaco e álcool, e olha que são drogas legais. Na Holanda têm tráfico de maconha! Em 2008 fizeram uma apreensão de 19 toneladas de maconha no porto de Amsterdã, uai, lá não é legalizado? Pois é...
Legaliza uma droga que vão inventar outra, fato. Olha o oxi aí, botando pra quebrar, na Rússia, a pouco tempo inventaram uma outra droga, chamada koaksil que APODRECE a carne do usuário.
Qual seria então a vantagem de legalizar a maconha? Prejudicam o meio ambiente, prejudicam a saúde de quem não fuma, prejudica a saúde de quem fuma, não acaba com o tráfico, polui meio ambiente, leva a usar outras drogas ilícitas, os efeitos positivos, se existirem não se balanceiam com os negativos, e então? Não vejo NADA de bom.
“Ah brou, maconha é liberdade, é uma onda muito boa, maconha é relaxante, faz bem pra alma, risadas por ter dito a palavra onda (já que maconheiro ri de tudo)”. ¬¬’
Sou contra as marchas para esse tipo de coisa que só vai degradar ainda mais o Brasil. Não adianta vir com conversinha dizendo a frase "liberdade de expressão", liberdade todos nós temos, porém precisamos de leis porque algumas pessoas não têm bom senso e querem fuder o resto junto. Eu se preciso posso sim abrir mão de um pouco da minha liberdade para melhorar o Brasil, porque não? Isso não significa que sou omisso ou que vou aceitar tudo que venha do governo, significa que quero um país melhor, que não quero um estado omisso e fraco. Imagina uma marcha da cocaína, crack, de pedófilos, ladrões... uai, eles também tem os ideais deles. Isso não é liberdade, isso é LIBERTINAGEM. Mudem o nome para “Libertinagem da maconha”, caberia muito melhor que as frases usadas.
O governo tem sim que tomar algumas atitudes proibicionistas porque algumas coisas, como a maconha, torna-se uma questão de saúde pública. Quem se fode nessa história, é todo mundo, não é só quem fuma. E se engana que todo mundo possui bom senso e sabe escolher o que quer fazer. Não é uma absurdo, por exemplo, o governo proibir que se trafeguem com velocidade acima de um valor "X", isto previne muitas mortes por acidentes de trânsito.
Em 2006 foi registrado na Holanda o partido dos pedófilos, onde eles queriam rebaixar para 12 anos de idade o consentimento para as relações sexuais e também pretendem legalizar a pornografia infantil. Esse partido, fundado pelo Algemeen Dagblad queria transformar a pedofilia em matéria de debate. E aí, tiveram algum déjà vu?
Já imaginaram seus filhos de 12 anos sendo convidados para dar uma 'rapidinha'?
Acordem. Vocês como pais não permitiriam esse tipo de coisa, assim como a maioria do Brasil não concorda com a legalização da maconha, contra marchas etc. Não importa o motivo pelo qual ela foi proibida, importa sim é que agora temos todo conhecimento para que ela permaneça assim. É uma verdadeira hipocrisia aproveitar dos males que as drogas causam pelo simples fato delas movimentarem algum capital, qual seria nossa diferença para os bandidos? É o que eles fazem!
         Quem está de acordo com a legalização nunca teve problemas reais! São todos filhinhos de papai que não têm coragem de subir o morro pra comprar essa merda, são todas pessoas que vivem em suas casas a leite com pêra e ovomaltine, são mulheres e homens apenas conhecem as pessoas "legais" que fumam. Quando eu digo problemas reais, eu digo de viciados, usuários que precisam roubar pra comprar, pessoas que se matam por ela, pessoas que agridem por ela. Duvido que quem tem um pai alcoólatra que bate em você é a favor do álcool. É muito bonito ver aquele tanto de gente bonita nas marchas, né não? Todos bem nutridos, bem vestidos. Duvido que quem é a favor, têm algum amigo/conhecido que não seja desse tipo que eu disse, nenhum tem um amigo que rouba para comprar droga, ninguém têm conhecidos que matam.Duvido que quem teve o pai que morreu de enfisema pulmonar é a favor do tabaco. Quem é a favor são um bando de hipócritas, um bando de gente desocupada que por não vivenciar problemas realmente REAIS se preocupam mais com a liberdade dos indivíduos(bla bla bla liberdade de expressão bla bla bla) do que com o bem estar das outras pessoas.
            E se alguém discorda de alguma coisa que eu disse, pode achar todas as fontes e informações nesse blog e se ainda discordarem, só lamento.
Não precisamos de mais uma droga prejudicando todo mundo.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Entrevista fantástico

Fonte: AQUELE "UM" DO FANTÁSTICO, O PROFESSOR LARANGEIRA

Carta do Ronaldo Laranjeira a um blog chamado UNIAD

Caro Reinaldo,

Sou leitor diário do seu blog e respeito muito o que você escreve e concordo com a maioria das idéias. Em especial, concordo com o falso debate sobre a legalização das drogas. No fundo, é um tema que tem um apelo para a população de Ipanema e Vila Madalena, ou o seu equivalente em cada estado.

Tenho adotado a política pessoal de sempre atender aos jornalistas, mesmo quando fica claro que sou o “caretão de plantão”. Minha intenção é tentar pelo menos fazer um contraponto às muitas das idéias que considero simplistas e salvacionistas. Ou seja, as pessoas defendem que, ao termos maiores facilidades de acesso às drogas, resolveremos os problemas. Somente a força da irracionalidade e do pensamento mágico pode sustentar esse castelo de areia conceitual.

Você mencionou que, na matéria do Fantástico, a proporção foi de 12 pessoas favoráveis e somente eu fui o contraponto. E você usou até mesmo a expressão “desrespeitoso”. Isso tem ocorrido sempre. O pior que passei foi num debate na Folha de S. Paulo, manipulado pelo jornalista Gilberto Dimenstein. Ele colocou quatro favoráveis à maconha contra dois. Além disso, tinha uma platéia absolutamente hostil e que não deixava nem mesmo eu começar qualquer tipo de argumento contra a legalização. Aquela, com certeza, foi uma experiência de desrespeito. Pela primeira vez na minha vida, eu saí de um debate intelectual escoltado por dois seguranças da FSP, pois o lobby dos maconheiros queria me bater.

Enfim, desculpas por me alongar, mas esse debate, infelizmente, vai longe, não porque seja uma prioridade, mas porque um grupo significativo de pessoas, como FHC, Globo, jornalistas, parte do judiciário e o lobby da maconha vão querer fazer história.

Eu defendo um plebiscito para esse assunto. Valeria a pena.

Abraços,
Ronaldo Laranjeira
Professor Titular de Psiquiatria da UNIFESP

Quem conhece o inferno por dentro?

Fonte: As drogas


A primeira vez que vi e experimentei maconha tinha 19 anos, saí da periferia de Sampa, fui ao bairro nobre do Brooklin, embarquei no carro de um amigo, pegamos o contato no bairro da Luz e fomos à Vila Brasilândia, no barraco do traficante, onde fiz meu batismo de fumaça. Era um 31 de dezembro. Pegamos uma pacoteira, continuamos fumando no carro, e numa parada para que meu amigo comprasse cigarro, o contato entrou em pânico porque uma viatura da PM passou perto. Ele queria que eu assumisse o volante e fugisse. Eu só havia dirigido bicicleta, patinete e carrinho de rolimã. Naquela passagem de ano, à meia noite um grupo formado pela dupla de amigos e mais uma menina estávamos num quiosque na estrada velha de Santos comendo frango assado frio e tomando cidra. O fim da viagem foi a praia de Pernambuco, no Guarujá, onde tomamos banho de mar, nús, e voltamos. Só quando cheguei em casa, na manhã do dia seguinte, ao bater na porta e ser atendido por minha tia, com quem morava, me toquei que estava completamente chapado.
Vinte e um anos depois entrei pela terceira vez numa clínica de recuparação de dependentes. Tinha feridas grotescas nos braços e manchas negras, na minha trajetória de usuário de cocaína na forma injetável, tinha só não furei veias do pescoço, da testa e não apliquei diretamente no coração, ou da femural. Pouco antes da maconha tinha experimentado pela primeira vez álcool, na forma de cerveja. Na família, os três homens são alcoólatras. Zé Luis, meu pai, está no céu. Meu irmão retomou o rumo da própria vida há 17 anos. Eu não me drogo há 16.
Aqui não tem discurso moralista. Como diz meu irmão e amigo Luiz Solda, cada um faz com o corpo o que bem entende. E muitos amigos eu perdi porque eles fizeram isso e depois não entendiam mais nada e não conseguiram sair. Livre expressão é um termo bonito, mas joga-se no meio de uma barafunda onde mais confunde-se do que explica-se, mesmo porque pouquíssima gente sabe até onde o buraco do uso de substâncias psicoativas vai dar. E este buraco, podem ter certeza, não tem fim.
Liberar as drogas é discutível. Prender viciados é uma barbaridade. A dependência é uma doença. Nem todo usuário de droga é dependente. O universo de bebedores mostra isso. Há “cheiradores sociais” também. Assim como há dependentes de maconha – e aqui nem vamos tocar naquele ponto de que uma droga leva à outra, pois isso é ponto pacífico, assim como quem é dependente de uma droga é de todas, principalmente as que não conhece, como sempre falo nos seminários que faço como voluntário da clínica Quinta do Sol, onde estive internado em 1994 (os outros foram o hospital Helio Rottenberg, Pinel, e a Moinhos de Vilhena, que não existe mais).
A balela de que a maconha não faz mal por que é da natureza é tão crível quanto alguém dizer que tomar álcool Zulu 90 graus também não faz porque vem da cana de acúcar, que é da mamãe natureza. Viciados em qualquer droga têm entre eles. O alcoólatra em fase terminal, depois de sair de um delirium tremens, que se arrastam por conta da polioneurite e têm os “pés de elefante”, sempre dizem que jamais fumaram maconha ou crack ou cheiraram cocaína ou tomaram anfetaminas na vida. A recíproca é igual. Dependentes químicos têm “dó” dos alcoólatras.
O caldo cultural engrossa esse angu tenebroso. A maconha e o álcool, assim como tabaco foi incensado pelo cinema americano durante décadas, sempre com o patrocínio de uma das mais lucrativas indústrias da morte do Planeta, é associada à criatividade, a uma outra maneira de ver a vida, como se isso fosse possível. A ilusão do bem estar, de abrir as portas da percepção, é uma coisa mágica. Se droga fosse ruim, ninguém experimentava. O problema é que, como diz a letra do grande Nelson Ned, que destruiu a carreira com a cocaína, tudo passa, tudo passará.
Defender o uso da maconha em marchas faz parte do jogo democrático. Saber o que é a droga ninguém pergunta. Reparem as fotos destas marchas. Só há jovens secundaristas ou universitários encantando com o cheiro do mato que contém a substância química que eles sabem de cor o nome. O que achariam se a turma do baque (ato de injetar) se organizasse para que fosse liberada uma praça da cidade, como em Amsterdan, para que ficassem se espetando o dia inteiro em busca do prazer fugaz? Alguém aí pode organizar um movimento para que estes molambos que encontramos em todos os cantos da cidade tomando até metanol não sejam olhados de forma discriminatória, porque são doentes que largaram tudo por não ver perspectiva na vida, coisa que quase fiz quando, para quem via, estava muito bem, repórter de uma revista nacional, morando no Jardim Social, dois filhos nascidos, etc.
Uma visita a um grupo de Narcóticos Anônimos seria bom para se olhar tudo isso com uma perspectiva mais real, não emocional. Duvideodó que alguém já tenha visto um viciado pesado em maconha depois de 20 anos de uso na média de 30 baseados por dia. Ah, sim, o aloprado aqui não sabe o que diz porque fumar um de vez em quando não faz mal e ninguém tem culpa se ele foi beijar o Tinhoso e voltou à terra. Verdade. Mas se você que está lendo precisa empinar um para qualquer atividade, inclusive o fato de acordar e ter de enfrentar a vida, a loucura da vida, a emoção da vida, então é melhor pensar em consultar algum médico psiquiatra especialista na área (os postos de saúde podem ajudar).
A maconha potencializa e adianta surtos psicóticos para quem tem herança genética esquizofrênica. Pouca gente sabe disso. Internei um conhecido no hospital Bom Retiro por conta disso. Ele fumava desde os 13. O médico disse que o problema dele não era o risco do surto (a avó era esquizofrênica), mas sim a depenência. O pai fumava, e fuma, há quarenta anos. Como convencer o guri? Ele surtou, desapareceu na cidade, foi achado, internado, ficou dois meses, o surto revertido, saiu e voltou a fumar porque não acredita que a erva que é da natureza possa fazer mal.
Resumindo: temos carência de informação e abundância de desinformação a respeito. As manifestações devem mesmo ser liberadas, mas por que não se ouvem os especialistas no assunto para um esclarecimento. Simples: são todos caretas. É o que se ouve dentro das clínicas onde parcela mínima do universo dos dependentes esteve ou está. Redescobrir o valor da vida normal, essa que não satisfaz a quem busca sempre “algo mais”, é uma das experiências mais fantásticas que um ser humano pode passar. Pensar um pouco sobre isso faria bem a todos. Saúde!

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Manifestações, descriminalização etc.

“Maconha e cocaína libertam! Biscoito e chocolate matam!”

"Mas o correto não seria começarmos a pensar em proibir o uso do cigarro ao invés de querermos discutir a liberação da maconha?"

Acha-se no Brasil que se tivermos maior liberdade para usarmos drogas, ou afrouxarmos os controles sociais acabaremos com o crime, com o tráfico e com o consumo de drogas. Somente uma visão desconectada do mundo das drogas poderia sustentar esse castelo de areia conceitual. Um dos aspectos importantes é que ao afrouxarmos os controles sociais aumentaremos o consumo das drogas. Quem pagará essa conta será a população com menor poder aquisitivo, e não aquela que participa de passeatas em favor da maconha. Um a cada dez adolescentes que consomem maconha terão um surto psicótico. O custo social e humano desse fenômeno será pago por quem menos consegue arcar com a saúde. Os grandes desafios em relação às drogas no Brasil é criarmos experiências de prevenção que efetivamente funcionem e desenvolvermos um sistema de tratamento para os que ficam dependentes químicos”, conclui Laranjeira.

Fonte: 5 Argumentos pró-maconha totalmente Fails

"A maioria das pessoas que fuma maconha quer sua legalização. Estamos falando das pessoas que advogam pela causa tão chatamente e com tanta insistência que se parecem com os caras que batem de porta em porta querendo te converter para a religião deles. Nesse ponto, alguns dos defensores da maconha ficam tão equivocados em seus argumentos que acabam sendo seu pior inimigo. Confira alguns desses argumentos bizarros..."

Fonte: “Legalizar tóxicos apenas aumenta problema social”

"As evidências científicas apontam que, quando se legaliza a droga, ela se torna mais disponível, crescem o consumo e o número de viciados. Não é algo que ficará restrito aos usuários atuais. Com a legalização, as redes subterrâneas do tráfico também se expandem. Não será possível legalizar todas as drogas, então os cartéis oferecerão as que continuam na ilegalidade. Mesmo que legalizado, o uso faz aumentar os problemas sociais, jurídicos, familiares e de saúde. Muitas pessoas não terão dinheiro para comprar droga. Para sustentar o vício, elas podem cometer crimes..."


Fonte: Sonho de qualquer traficante é a maconha liberada, diz procurador

"O procurador de Justiça de São Paulo Marcio Sergio Christino, um dos principais especialistas do país em crime organizado, diz que a eventual liberação da maconha no país fortalecerá ainda mais as facções criminosas.
Segundo ele, os traficantes poderão usar empresas legais para lavar o dinheiro da venda de outras drogas e ter livre acesso aos usuários..."

"E se houver um controle rigoroso da venda?
Vamos utilizar o modelo holandês? Português? Nenhum deles é compatível com o nosso. São países pequenos e muito distantes dos mercados produtores. Nossa realidade é diferente. Tem muita plantação na região Nordeste, e não conseguimos fazer um controle como eles..."


Fonte: Legalização da maconha

"...Como diz o Jô Soares, sem repetir, e já repetindo, a maconha é a porta de entrada para todas as outras drogas, o enfrentamento deve ser idêntico ao da morte. Mesmo que se tenha certeza da derrota, deve-se combatê-la sempre. Se apenas a legalização resolvesse o problema, antes de descriminalizar o consumo da maconha, dever-se-ia descriminalizar o assassinato. Quem sabe teria solução esse probleminha que mata mais de 40 mil por ano no Brasil...."

Fonte: Maconha = Libertinagem

""Ah brou, maconha é liberdade, é uma onda muito boa, maconha é relaxante, faz bem pra alma, risadas por ter dito a palavra onda (já que maconheiro ri de tudo)”. ¬¬’
Sou contra as marchas para esse tipo de coisa que só vai degradar ainda mais o Brasil. Não adianta vir com conversinha dizendo a frase liberdade de expressão, liberdade todos nós temos, porém precisamos de leis porque algumas pessoas não têm bom senso e querem fuder o resto junto..."

Fonte: País deve focar prevenção às drogas, dizem especialistas

"Especialistas no combate a drogas e álcool, reunidos ontem em evento do Ministério Público de SP, acreditam que o Brasil não está no momento de discutir se deve descriminalizar o uso de drogas, mas, sim, de debater a adoção de ações fortes de prevenção.Para eles, sem sistema que evite que o número de usuários continue a crescer, não se pode pensar em descriminalizar, pois isso só ampliaria o total de dependentes..."

Fonte: O direito de não usar drogas

"Talvez um mundo sem drogas jamais exista. Como também não existirá um mundo sem crimes ambientais ou sem violações dos direitos humanos. Isso, no entanto, não é desculpa para descartar o ideal e continuar a lutar pelo objetivo de um mundo melhor. Tolerar as drogas, banalizar o seu consumo não é a melhor opção para uma sociedade que valorize a saúde e os melhores valores de respeito à dignidade humana..."

Fonte: A legalização da Maconha, na ótica do Brasil e da experiente Holanda

"A questão não está restrita ao direito de alguém fazer uso da maconha, mas sim nas conseqüências sociais que isso acarreta para alguns grupos da sociedade. Enquanto no Brasil aumenta o número de participantes e engajados nas manifestações pela liberação da maconha, na experiente Holanda, as autoridades estão revendo a “liberdade” para o uso de drogas como forma de ajudar a combater a criminalidade...."
Fonte: Descriminalização da maconha só fará aumentar o número de viciados e de doentes mentais

"Descriminalizar a maconha, segundo o bom senso, o direito, a medicina, a psiquiatria, as neurociências, a psicologia comportamental e a realidade da prática policial, é uma ação extremamente danosa à saúde e à segurança pública..."

Fonte: Senador Magno Malta considera nocivo legalização do plantio da maconha

"...Em recente debate sobre o assunto, o deputado Paulo Teixeira escorregou e disse que a política de "cerco" às drogas é "perversa" e gera mais violência. "Dilma assumiu o governo incluindo entre suas prioridades o combate "sem tréguas ao crime organizado e às drogas". Sem medo, lembrou o senador Magno Malta, indicado porta voz pela Campanha Nacional Contra a Legalização da Maconha no Brasil..."

Fonte: Mil famílias protestam em São Paulo contra declarações a favor das drogas feitas pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso

"...Classificamos de, no mínimo, IRRESPONSÁVEL, sua defesa na “liberação de todas as drogas”. Como pais, e eleitores, estamos chocados...."

"...Como sociólogo, senhor Fernando Henrique Cardoso, o senhor deveria ouvir as famílias. Só quem tem este sofrimento dentro de casa é que pode dizer o que acontece quando seus entes queridos entram neste caminho, que sempre começa com a bebida e a maconha na infância e na adolescência, e, em seguida, cocaína, crack, ecstasy, lança-perfume e agora o oxi, as drogas que o senhor quer liberar..."

Fonte: Equivoco!

"O presidente Fernando Henrique Cardoso, está equivocado quando defende a liberaçãoda maconha. Não temos sequer uma rede hospitalar para atender os inúmeros casos de acidentes, doenças que necessitam de um tratamento de emergência; como os dependentes sem recursos econômicos lograriam atendimento para um tratamento dispendioso, que inclue internação, desintoxicação, terapia, entre outros procedimentos?..."

Fonte: "Será pior que o álcool", diz psicóloga sobre legalização da maconha

"...Sendo assim não deve de forma alguma ser legalizada pois legalizá-la será dar atestado de burrice a nossa geração futura que são a esperança de um mundo melhor, digo isso porque um dos malefícios da maconha é justamente o empobrecimento dos neurônios, a destruição dos neurônicos que são responsáveis por nossa memória Resultados preliminares de uma pesquisa em andamento na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostram que consumidores de maconha têm performance até 30% inferior à de pessoas que não usam a droga em testes relacionados à capacidade de atenção, processamento de informações, abstração, organização de idéias, tomada de decisões e memória..."

Fonte: Assembléia intensifica ação anti-legalização de entorpecente

"A Assembléia Legislativa de Mato Grosso intensificou a ação dos promotores de Justiça de Mato Grosso, Marcos Henrique Machado e Marcelo Ferra de Carvalho que impediu, na semana passada, a realização de uma passeata denominada “Marcha da Maconha” em Cuiabá...''

Fonte: A falácia da liberação das drogas

"A falácia de que acabaria o tráfico é falsa, pois a tráfico não se dá pela busca de algo bom que o governo ?autoritário? proíbe, mas na busca da droga que mais vicia e rende mais dinheiro. E neste sentido se criaria às novas drogas que entram no mercado pela sua maior potência, maior viagem, maior capacidade de criar dependência. O produtor e traficante não são movidos por sentimentos altruístas ao praticarem seus atos, mas pela busca do lucro a qualquer preço. E neste negócio, não vai desistir porque liberaram tal ou qual droga..."
"...As crianças geradas destas mães usuárias se juntariam as fumantes e alcoolistas que não abandonam o vício pela gravidez, lesando seus próprios filhos sem resistirem ao vício. Estas drogas de uso ilícito e portanto limitadas, também provocam danos terríveis, que são minimizados pela contenção da ilegalidade. Mas ao serem liberadas, se multiplicariam os casos reais de lesões fetais..."

"As pessoas acabam sendo usadas para arrecadar dinheiro para sustentar estas indústrias da doença e do dela resultante vício..."

Fonte: Liberação da maconha é demais

"Imaginar que liberando a droga os traficantes irão sumir no ar é um delírio inocente. Está claro na história que quando uma droga ilícita é liberada, novas drogas ainda mais potentes assumem o posto da droga anterior. O viciado acostumado à ilegalidade acaba indo para a nova droga e o ciclo continua..."

"Quando há saturação, a sociedade começa a machucar as novas gerações". Ele fala de permissividade. É como se fosse a lei da evolução natural. A falta de controle dá raízes esquálidas e imaturas, mas abundantes, a uma geração que não está muito preocupada em herdar bons valores, não se agredir e nem aos outros. São essas pessoas, sem o menor verniz de cidadão (até porque, no caminho em que se encontram, não sabem o que é cidadania), que moldarão as próximas gerações. "Podemos prever o crescimento de uma população de imaturos, adultos não qualificados, vários deles incapazes de viver sem um suporte social, econômico e clínico; com o tempo, teremos um número inimaginável de cidadãos emocional, social e intelectualmente deficientes", sinaliza o Dr. Rosenthal. Será que devemos assistir passivamente aos herdeiros desse mundo bebendo, fumando, injetando e inalando a morte em nome de uma individualidade torturada e entortada pelas drogas?..."

Fonte: Verdadeiro motivo para as marchas

"Vejam a partir de 3:40 min; Interesse maconheiro sobre maconha..."

Fonte: Marcha dos Maconheiros: erros insistentes
Por Roberval

"Pode parecer ridículo um antidrogas como eu discutir a forma dos pródrogas procederem em suas manifestações, mas os sujeitos são tão pobres de espírito que valem algumas observações pertinentes aqui:

A Marcha da Maconha em SP foi um erro desde o começo. Primeiro, porque havia uma decisão judicial contrária à Marcha, mas nada impediria que eles fizessem um ato simbólico ou um "pedido de paz" em locais onde normalmente existe concentração de usuários, tais como os campi de algumas universidades ou praças onde poderia praticar um ato informal. Segundo, a maconha não é uma bandeira política como foi a redemocratização nos anos 1980 (nas quais o velho aqui participou) nem um apelo à ética como nos anos 1990, mas sim uma opção de lazer que nada acrescentará à sociedade nem se propõe a resolver qualquer problema brasileiro, uma vez que o tráfico vai continuar a existir com ou sem maconha legalizada, mas a turma da "passeata" quer porque quer "chocar" e "se fazer ouvir", mase esquecem do que eles mesmos dizem, ou seja, que trata-se de uma "opção pessoal" pelo uso de uma substância entorpecente para fins recreacionais..."


Fonte: Uma aulinha de democracia para quem queima mato, mas ainda não queimou os neurônios

"...Camisetas, palavras de ordem e cartazes na marcha de ontem deixavam claro que o propósito da manifestação era outro — e o estado democrático e de direito decidiu proibi-la. Nem caberia, é bom deixar claro, à Polícia Militar negociar coisa nenhuma. Ainda assim, a força tentou limitar a manifestação ao espaço conhecido como vão livre do Masp. Não! Queriam o vão livre da Paulista..."
"...Havia, sim, autoritários na avenida ontem. Não eram os policiais...."

Fonte: “Polícia sem-vergonha/ seu filho também fuma maconha”. Era a turma da marcha. E a borracha cantou no lombo. Por bons motivos, como se lê!

"...Os organizadores, tentando dar um truque na ordem legal, anunciaram que converteriam o ato em favor da maconha na defesa da “liberdade de expressão”. Tratava-se de uma farsa destinada a usar o Artigo 5º da Constituição para cometer um crime. Prometeram à Polícia que as imagens que faziam referência à maconha seriam cobertas. Não foram. Prometeram que não haveria a defesa explícita da droga. Mentiram. E aí?..."

"...A apologia do uso de drogas é crime. O Parágrafo 2º do Artigo 33 da Lei 11.343 (lei antidrogas) é claríssimo ao caracterizar o delito e prever a pena, a saber:
§ 2o - Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga:
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias-multa.

Muito bem. Não tenho a ilusão de que esses caras leiam dicionário. Se, para eles, leis e Constituição de nada valem, por que dariam bola para o sentido das palavras? De todo modo, está lá no Houaiss:
“Incitar:Estimular (uma pessoa ou conjunto de pessoas) a (praticar determinada ação); induzir; dar conselhos; aconselhar; persuadir; provocar (reação); acirrar; despertar; dar ordem; incentivar; açular.


“InstigarEstimular; induzir; incitar (alguém a cometer um crime); dar conselhos; aconselhar; persuadir; provocar (reação); acirrar, despertar; dar ordem, incentivar.”..."

Fonte: Proibir a Marcha da Maconha é respeitar a lei

"Na plenitude do Estado Democrático de Direito, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo nos últimos anos, instado pelo Ministério Público — instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica —, corretamente tem proibido a realização do evento denominado “marcha da maconha”..."


Fonte: No Recife a justiça permitiu a marcha dos maconheiros

"“Derruba a cana e planta canabis (…). Já que gostam de Torres Gêmeas, de tudo maior do mundo aqui, vamos fazer uma estátua de cânhamos de Maurício de Nassau (…). Derruba a cana e planta canabis, e uma redução de danos”..."

Fonte: Parabéns, PM de SP e governador Alckmin!

"...A Polícia de São Paulo está de parabéns! Agora chamem o deputado Paulo Teixeira, líder do PT na Câmara, para oferecer o “outro lado”. Ora, a bomba de gás é o lança-perfume do estado democrático quando a tropa de choque da maconha decide afrontá-lo. Essa gente reclama do quê? Que tente uma nova substância: a democracia!..."

Fonte: Marcha “daquilo” tem início em São Paulo

"...Eles querem fazer uma marcha sobre “aquilo”, sem afronta direta à lei, que é explícita em caracterizar como crime o incitamento ao consumo de maconha? Que o façam! Debater maconha ou qualquer outro tema não é — nem deve ser — proibido. NUMA DEMOCRACIA, fazer a apologia de um ato considerado crime É — E DEVE SER — PROIBIDO..."

Fonte: Bê-a-bá para maconheiro

"...É chato, para alguns ter de recorrer ao bê-á-bá do estado de direito para explicar certas coisas. Mas a outros se faz necessário. No dia em que, numa sociedade democrática, a defesa do que é considerado crime for liberdade de expressão, então é grande a chance de a liberdade de expressão virar crime. O resultado pode ser trágico: mais crimes com menos liberdade de expressão..."

Fonte: Justiça de SP proíbe nova Marcha da Maconha disfarçada de “Marcha da Liberdade”

"...É evidente, e isso já estava claro no noticiário de hoje, que a “Marcha da Liberdade” é só uma maquiagem da “Marcha da Maconha”. Apologia do crime não está no mesmo terreno da liberdade de expressão. Se se pode marchar em defesa deste, por que não de outros? “Ah, então não se podia fazer manifestação em favor do casamento gay?” Claro que sim! Ser gay não é crime no Brasil, ora essa!..."

Fonte: Os maconheiros têm que aprender a tragar a democracia

"...Proibida a marcha, os organizadores, hipocritamente, a mantiveram, chamando-a, no entanto, de manifestação em favor da liberdade de expressão. Era mesmo? Um dos refrãos da turma era este: “Ei, polícia, maconha é uma delícia”.Cartazes faziam a apologia aberta da maconha. Mesmo que a decisão do juiz Capelatto ainda estivesse valendo — já não valia mais —, o ato já era aberta e claramente ilegal, e caberia à Polícia intervir..."

Fonte: Juíza suspende 'Marcha da maconha' deste sábado em Salvador

"A 1ª Vara de Tóxicos suspendeu nesta sexta-feira a ‘Marcha da Maconha’, programada para acontecer neste sábado (28). Os promotores de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e de Investigações Criminais (Gaeco) encaminharam um pedido de liminar para suspensão do evento, que foi acatada pela juíza auxiliar..."


"A 2ª Vara Criminal de Juiz de Fora proibiu a realização da Marcha da Maconha, programada para amanhã na cidade, a partir das 11:30h, com concentração no Parque Halfeld. A decisão ocorreu baseada no pedido do Ministério Público que teria tomado ciência do evento e pedido providências por meio de uma medida cautelar. A justificativa é que o uso do entorpecente é proibido no país, e a apologia é considerada um crime. Caso haja alguma desobediência, as polícias Civil,Militar e Federal poderão coibir as manifestações."


terça-feira, 26 de abril de 2011

A longa marcha dos maconheiros


Francamente, sempre achei um besteirol essa estória de legalizar a maconha. De todas as causas que alguém pode adotar e a ela dedicar seu tempo e intelecto, a da "descriminalização" da erva maldita é, certamente, a mais idiota. Coisa de desocupado, de quem não tem mais o que fazer. 


Não há nada, rigorosamente nada, de "libertário" na defesa da legalização da maconha, ou de qualquer droga ilícita. Há, sim, muita irresponsabilidade e arrogância, embaladas no desprezo olímpico pela Lei e na boçalidade próprios de quem se acha superior aos demais mortais e, portanto, acima das regras da sociedade. Dizer que fumar maconha é um gesto libertário não passa de uma invenção de "moderninhos", em geral gente bem-nascida e com boas conexões familiares, que acha um absurdo não poder fazer a cabeça e curtir uma lombra, mas que não vê nada de mais em que esse vício sirva para alimentar o narcotráfico e tudo de mal que ele acarreta. Afinal, o "movimento", assim como os tiroteios, está lá longe, no morro ou na periferia, e não no asfalto, em Ipanema ou nos Jardins. "Que os pobres se matem", pensam os mauricinhos da erva ou do pó, "desde que eu possa puxar meu baseado".


Paira, sobre o tema, uma névoa, que não é só de fumaça de cannabis. Vamos tentar desanuviar a questão e trazer um pouco de luz ao ambiente, que está assim, digamos, meio enevoado.

A primeira coisa que me chama a atenção no assunto é que os defensores da legalização ou descriminalização da maconha são, em geral, de esquerda, ou aquele tipo de inocente útil descrito geralmente como "simpatizante". A esquerda se mostra, aqui, mais uma vez, elitista. Vá, ou melhor, não vá, mas veja qualquer "marcha da maconha" - essa moda que ameaça generalizar-se no país, a exemplo de outras pragas,como a axé-music e as micaretas - e você verá lá, no meio dos "alternativos", rapagões e moçoilas corados e bem-nutridos, vestindo camisetas com a foice e o martelo e carregando bandeiras de partidos e grupelhos de esquerda. A relação da esquerda com o narcotráfico, aliás, é pública e notória, como demonstram os laços nada secretos do PT com os narcotraficantes das FARC e com o cocaleiro Evo Morales da Bolívia, apesar de toda a afetação de indignação dos petistas diante dessa "revelação" feita pelo vice de um adversário eleitoral.


Trata-se, portanto, de gente que aplaude, ou que silencia diante de regimes como o de Cuba, em que as liberdades individuais não existem. Devotos do multiculturalismo que são, e para não passarem por favoráveis ao "imperialismo", calam diante das atrocidades perpetradas por tiranias como a iraniana, onde mulheres são açoitadas e apedrejadas até a morte por manterem relações extraconjugais. É gente capaz de se emocionar quando vê uma linha de repente se transformar numa curva, mas que é incapaz de ver qualquer coisa de errado, em nome do "relativismo cultural" e do "respeito às diferenças", numa jovem ter o nariz e as orelhas arrancados por não obedecer ao marido em um país islâmico. 


Isso, por si só, já é razão suficiente para desconfiar do suposto caráter "libertário" da causa maconhista. Mas meu estranhamento vai além. Ele se manifesta ante o seguinte fato: muitos, inclusive gente de esquerda, pró-Cuba e pró-PT, justificam a legalização da maconha com base no pensamento do filósofo britânico John Stuart Mill (1806-1873), um dos pais do liberalismo. Ora, o pensamento liberal, ainda mais na versão radical e utilitarista de Mill, é o oposto exato do que defendem os esquerdistas, que têm no anti-liberalismo e no coletivismo seus dogmas principais. Está claro que se trata, aqui, de um uso oportunista e instrumental de um pensamento em tudo estranho ao que querem os arautos do "liberou geral". Se a maioria dos defensores da "descriminalização" é de esquerda, então por que apelam para um conhecido autor liberal do século XIX? Querem fumar, OK, tudo bem, fumem até torrar o cérebro. Mas, em nome da honestidade intelectual, deixem John Stuart Mill em paz!

A questão não é que a maconha deva ser proibida porque "faz mal". Muita coisa que faz mal é liberada e seu consumo é socialmente aceito sem maiores problemas. A questão é que do produtor ao consumidor existe uma rede criminosa que precisa ser combatida. E, queiram ou não os modernosos da esquadrilha da fumaça, seu vício alimenta o crime organizado. Acima de tudo, existe a Lei. E, numa democracia, supõe-se que ela exista para ser cumprida. Por todos, indistintamente.


Para ficar mais claro. Se, em vez de maconha, fosse proibido o consumo de, sei lá, fubá, que se tornaria um negócio ilegal bastante lucrativo, eu poderia até achar uma bobagem, mas continuaria a achar que a obediência à Lei é o melhor caminho. Não daria bola para os que dissessem que comer fubá não faz mal, ou é uma questão de liberdade individual. Preferiria prestar atenção às gangues de traficantes de fubá que explorassem o comércio ilegal de fubá nas favelas, num ciclo de violência, e torceria para que a polícia botasse esses malandros na cadeia. Até que me convencessem que consumir fubá não é compactuar com o crime, eu seguiria essa opção. 


Há quem defenda a legalização do comércio de maconha com base numa visão pragmática, pois isso retiraria a erva da ilegalidade e acabaria, portanto, com a rede de criminalidade existente. É uma opinião defendida pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, por exemplo. Pode-se discutir essa questão, e creio mesmo que ela deve ser debatida abertamente na sociedade. Mas não deixo de me perguntar como fariam para acabar com os males do narcotráfico tornando-o legal num país, por maior que seja, sem que os demais 191 países adotem, simultaneamente, a mesma medida. A menos que o mundo virasse uma imensa Holanda, não vejo solução. Convenhamos, isso implicaria algumas dificuldades práticas. Nesse meio tempo, prefiro fazer como o personagem do inspetor do FBI Eliot Ness, no fllme Os Intocáveis. Quando perguntado o que faria quando a Lei Seca - a proibição do álcool nos EUA, que perdurou durante toda a década de 20 - fosse revogada, ele respondeu simplesmente: "Vou tomar um drinque".


Voltemos a John Stuart Mill. Os que, para defender a maconha, apelam para o liberalismo stuartmilliano afirmam que, numa democracia, não se pode criminalizar a conduta individual com base na idéia de que "faz mal" porque, afinal, existiria, no caso da maconha, crime sem vítima. Para que haja crime, dizia Mill, é preciso que haja um agente ofensor e uma vítima legítima, cujo direito foi ofendido. No caso da maconha, o ofensor e o ofendido seriam a mesma e única pessoa, logo não há delito a ser punido e qualquer sanção penal seria uma intromissão do Estado num assunto particular etc.


O argumento, à primeira vista, é um primor de lógica, mas tem uma pegadinha aí. É verdade que John Stuart Mill defendia que a única justificativa para se criminalizar uma conduta era que houvesse um agente ofensor e uma vítima ofendida em seu direito. É verdade que, por esse motivo, ele, Mill, achava um absurdo punir criminalmente condutas individuais como o consumo de drogas, o jogo, a prostituição e o homossexualismo (como acontece em países como o Irã), sobre as quais qualquer interferência do Estado seria descabida. Mas é igualmente verdade que, na época de Stuart Mill, não havia tráfico de entorpecentes na escala em que é praticado hoje, com suas conseqüências - sociais, familiares, até políticas (há Estados, como a Bolívia do cocaleiro Evo Morales, que se convertem cada vez mais em narco-Estados) - não menos do que devastadoras. Também é verdade - e algo freqüentemente omitido pelos apologistas da maconha, em sua leitura seletiva de Stuart Mill - que o conceito de responsabilidade é inseparável do da liberdade individual, como deixa claro Mill em seu ensaio mais conhecido, On Liberty(Sobre a Liberdade). E o conceito de responsabilidade estipula que a liberdade deve cessar quando concorre, de alguma maneira, para a desestabilização da ordem pública. Nada a ver, portanto, com o "liberou geral" a que aspira a tribo do "legalize já". Desconfio que, se fosse vivo, John Stuart Mill ficaria contra os descolados e sua (deles, não de Mill) idéia de legalizar a maconha.

Em outras palavras: se você for maior de idade, vacinado e pagador de impostos, e acordou com vontade de se prostituir, fumar maconha ou cheirar pó até virar um maracujá, é problema seu, ninguem tem nada a ver com isso. No caso da prostituição, é até um direito, o Estado não tem nada que se meter numa escolha pessoal sua. Mas, por favor, não cite John Stuart Mill. Pelo menos não se for se referir a substâncias ilícitas. A liberdade individual, essa coisa sagrada, não deve servir de pretexto para o culto à ilegalidade.


Muitos que usam Stuart Mill para defender a maconha afirmam também que ela seria inofensiva, não possuindo a letalidade de outras drogas mais pesadas, como a cocaína e o crack, que causam dependência imediata. Alegam ainda que, se a questão é preservar a ordem pública, não faz sentido manter a proibição da maconha e não do álcool, porque o álcool também gera violência (na forma de brigas de bar, por exemplo) e acidentes de trânsito etc.


Sem entrar no mérito da questão de se a maconha faz mal ou não à saúde (e, para cada artigo de especialista defendendo seu uso controlado na medicina, no combate ao glaucoma por exemplo, há unsdez estudos que mostram a relação do consumo da cannabis com a perda de memória ou com a esquizofrenia), percebo nesse argumento uma forte incoerência. Primeiro, porque, inofensiva ou não a maconha para a saúde, isso, para John Stuart Mill, era irrelevante - importava, para ele, a liberdade de se fazer o que se quiser com o próprio corpo, desde que isso não acarrete algum dano social. Logo, os defensores da erva maldita precisam encontrar outro argumento. Segundo, e pela mesma razão, o álcool pode até detonar brigas de bar e acidentes de trânsito (assim como um medicamento tarja-preta tomado na hora ou na dose erradas), mas há leis que coibem essa prática (a "Lei Seca" no trânsito, por exemplo). Mais importante: com exceção da falsificação e do contrabando, desconheço alguma rede criminosa por trás do consumo de cerveja ou de cigarros, ao contrário da maconha. Uma briga de bar que resulte num assassinato pode ser detonada por uma dose de uísque ou de cachaça, mas não há nenhuma organização ilegal e criminosa entre a produção e o consumo da bebida. A culpa, aqui, é de quem fez (mau) uso dela, ou seja: de quem não soube usar sua liberdade individual de forma responsável. O mesmo não pode ser dito da maconha.


Outro argumento fajuto é que a idéia da maconha como porta de entrada para drogas mais pesadas seria falsa, pois levaria em consideração somente as drogas ilícitas, deixando de lado as drogas lícitas, como o álcool e a nicotina. De fato, jamais conheci, e creio que devem ser muito poucos, os usuários de maconha que não sejam também adeptos do tabagismo ou da bebida. Mas isso não muda em nada a natureza da questão. Até hoje não conheci nenhum viciado em crack ou em cocaína que não tenha começado a sua, com o perdão do trocadilho, "carreira", em aparentemente inocentes tragadas na erva do capeta. Mais que isso: maconha é ilegal; cigarro e álcool, não. Além disso, há uma clara contradição com Stuart Mill. Ora, se a maconha deve ser liberada porque seu consumo é uma questão particular, individual, então por que o mesmo raciocínio não pode ser utilizado para descriminalizar o consumo de cocaína, ou de heroína, ou de crack?


Feitas as contas, fico cada vez mais convencido de que todo esse blablablá de bichos-grilos sobre os supostos prováveis benefícios que a descriminalização da cannabis traria para a sociedade não passa de uma desculpa, muitas vezes disfarçada de "interesse antropológico", para atacar o "sistema" - afinal, o álcool e o tabaco são uma "indústria", ao contrário da maconha, essa plantinha simpática, além do mais ecológica e ambientalmente correta, cultivada milenarmente etc. etc. Trocando em miúdos: um discurso de ripongas ou de filhos da elite entediados, desesperadamente em busca de uma "causa" para substituir ideologias defuntas e preencher o vazio da existência. Ou, então, é só o efeito retardado de alguma bad trip, a prova do efeito deletério da erva sobre os neurônios. Está comprovado: defender a legalização da maconha faz mal à saúde. À saúde mental.

Sem palavras para este texto.

Fonte: Morte aos Maconhistas!

Nada contra as pessoas que fazem uso da maconha para fins recreativos. O que me deixa puto são aqueles que bolam teorias mirabolantes para justifcar um prazer.

Não tenho nada contra e até respeito a escolha das pessoas que gostam de fazer uso da maconha para fins recreativos. E olha que é difícil falar esse “não tenho nada contra” sem estar reservando um preconceituoso “porém” mais à frente no argumento, mas é isso mesmo. Ficar doidão é maneiro pra caramba, estimula a criatividade e faz crescer. Os egípcios, fenícios, astecas ou qualquer outra civilização pré-Jimi Hendrix já fazia uso de substâncias ilícitas para aditivar a vida, por isso maconha não é nenhum bicho de sete cabeças e ninguém vai parar de fumar porque a TFP diz que é feio.
Mas o que me deixa puto é que os usuários mais “mal resolvidos” ficam querendo justificar algo que não precisa de justificativa. A insegurança de quem não sabe ainda o que quer, ou não tem moral para assumir uma fraqueza humana e acaba inventando um monte de ideologias por trás de um ato que se resume à busca do prazer imediato. Prefiro mil noites ao lado de um maconheiro tocando Raul Seixas num violão desafinado do que meia hora ao lado de um “maconheiro ideológico”.
O “maconheiro ideológico”, ou "maconhista", é uma criatura que subverte toda a lógica de nossa sociedade apenas para enobrecer o ato de queimar uma brenfa. Para ele nada é mais puro e natural do que a maconha e o primeiro grande inimigo que ele crucifica é o cigarro. O cigarro, segundo seu argumento de defesa, é um instrumento da morte. Cigarro dá câncer e maconha é terapêutica. “O cigarro mata e é legalizado, a maconha cura e é ilegal! Que absurdo!”
Onde já se viu? Falar mal do cigarro e bem da maconha... O cigarro vem do tabaco, que é uma planta tão natural quanto a cannabis. Aí nego vem me dizer que é diferente, que a Philip Morris enche o tabaco de agentes químicos e é isso que faz mal. Mas aí eu digo: vocês já fumaram cigarro de tabaco natural, enrolado na hora? É uma merda! A química cancerígena é para deixar mais gostoso e pouco importa se o custo desse prazer adicional é uma morte precoce. E eu aposto com qualquer um que no dia em que a maconha sair da ilegalidade e a Philip Morris se encarregar da fabricação de baseados com muita química, não vai existir nenhuma fumaça mais aromática e deliciosa do que a do “Marlboro Cannabis”. Já pensou? Uma maconha devidamente plantada, com os pesticidas e adubos corretos, misturada em tonéis reluzentes de aço inoxidável com várias cetonas, propis e isopropis... Depois de experimentar um desses, nenhum maconheiro se contentaria mais com essa grama seca misturada com bosta de vaca que esses amadores vendem por aí. E o dia que a Monsanto fizer sementes de maconha geneticamente modificadas (eu sei que já faz, mas digo em escala comercial)? Não vai ter ninguém fazendo passeata contra transgênicos depois de experimentar a melhor onda de sua vida. Por que? Porque tudo se resume a prazer, não a ideologia.
Mas de longe o que mais curto é ver um “maconheiro ideológico” defendendo os interesses nacionais. Para acabar com a sua gigantesca larica, ele nunca vai ao McDonald´s ou toma Coca-Cola. Ele prefere comer na carrocinha de cachorro quente da esquina, pois é bem melhor do que financiar mega-corporações imperialistas que são instrumentos de dominação econômica e cultural.
Impressionante a capacidade de abstração de um maluco desses. Ele consegue imaginar os R$4,80 que ele pagou num Big Mac sendo convertidos em dólares e voando até o hemisfério norte, onde pagam um bilionésimo do novo iate de 50 pés que o Ronald acaba de comprar. Por trás de dois hambúrgueres, alface, queijo, molho especial, cebola, picles e um pão com gergelim reside a miséria do terceiro mundo.
O engraçado é que em 90% dos casos esse é o mesmo tipo de pessoa que dá um pinote para se defender quando alguém argumenta que o dinheiro do baseado dele financia a violência. “Nada disso! Uma trouxinha de maconha não paga nada! Quem financia a violência são os poderosos, que nunca aparecem e moram em coberturas de frente para a praia!”
Porra, como o iate do Ronald é visível e o munição do fuzil não é?
Trabalhar tostando “pão com gergelim”, que é uma das poucas opções que o moleque da favela tem para não ser bandido, é o instrumento de uma exploração vergonhosa. Já a trouxinha é uma opção consciente, pois a bala que está ali naquele fuzil não é comprada com os Reais do maconheiro politizado.
Já está na hora de despolitizar o prazer. Senão, daqui a pouco, vai ter alcoólatra dizendo que financia o crescimento do país com o IPI abusivo que ele paga nas garrafas de cachaça e adolescentes obesos falando que os milhares de Big Mac´s que comem por ano geram uma dúzia de empregos para jovens carentes. É muito bonito argumentar em prol de um vício, feio é admitir que a razão de tudo não passa de uma fraqueza na carne.